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terça-feira, 30 de agosto de 2011

SOBRE O JAPA MALA !!

SOBRE O JAPA MALA !!


O que é um "japa mala"?

"Japa" é uma palavra em sânscrito que vem da raiz verbal "jap", que significa "murmurar, sussurrar". "Japa" é a prática feita pelos yoguis na repetição de mantras em tom de murmúrio, de passagens das escrituras ou do nome de uma divindade. A repetição desses mantras, o "Japa", é uma "corrente", um "cordão de energia".

"Mala" é uma palavra de vários significados em sânscrito, porém, neste caso, quer dizer apenas "cordão de contas".

Temos então duas correntes: uma espiritual, "Japa", e outra material, "Mala". Assim, as energias espirituais invocadas "Japa" energizam o "Mala".

Geralmente, o "mala" utilizado para o "japa" - "murmurar" - contém 108 contas. Pode conter contas que também formam divisões de 108, de modo que o mesmo cálculo possa ser mantido. Chegar ao "Meru", a conta central no mala, mostra que você fez o seu "japa" por 108 vezes. Completar o circuito de 108 mantras é um passo a mais no caminho da elevação espiritual. Cada volta realizada no "Mala" é um degrau na escada para a união com o éter divino.

Um "mala" estimula seu usuário a fazer os "japas" diariamente.

Por que usar um mala?

O Mala é utilizado para contar mantras em grupos de 108 repetições. A palavra mantra vem do sânscrito, "man", que significa "mente" ou "pensamento", e "tra" significa "proteger" "socorrer". Assim, mantra quer dizer "proteger nossas mentes de maus pensamentos".

Os mantras são um meio de comunicação espiritual das religiões hindu e budista. Um mantra sagrado é normalmente entoado em sânscrito. Quem entoa mantras busca a intercessão espiritual. Uma forma de orar repetidamente a fim de magnetizar as energias de uma determinada divindade.

O mantra essencial é a sílaba sagrada OM, que significa Ômega. Ômega é a energia feminina da Mãe Divina. Quando entoamos o OM estamos manifestando a vontade de trazer para a matéria, a energia da palavra ou frase seguinte. Por exemplo: OM VISHNU OM, significa que estamos querendo a intercessão de Vishnu em nossas vidas. Vishnu é responsável pela instrução e compreensão dos mistérios da vida; dizer seu nome somado a um OM, traz sabedoria para quem o faz. OM SHIVA OM, traz o poder purificador e protetor de Shiva para quem o entoar.

Praticamente todas as religiões entoam alguma forma de oração para a comunhão espiritual com seres mais elevados.

Mantra é formado por palavras em sânscrito com poderes para elevar a consciência, promover a cura, solucionar problemas, conseguir proteção e direção espiritual, manifestar desejos e muito mais.

Entoar mantras é uma forma de meditação. Uma pessoa entoa mantras repetidas vezes, em murmúrio ou em alto tom. A mente focaliza-se no conteúdo do mantra e os pensamentos tornam-se positivos e poderosos; a respiração deve ser lenta e profunda.

Usando um mala

Segurando o seu cordão de contas - o "Japa Mala" - na mão direita, deixe que ele escorregue sobre o dedo do meio (o dedo do céu, o dedo mais longo). O dedo indicador não deve tocar as contas, ficando estendido durante todo o período da entoação dos mantras, o "japa".

Comece sempre pela conta seguinte à grande conta, o "meru", que significa "montanha", e não deve ser contado, nem tocado pelo dedo do polegar, o Meru é apenas o ponto inicial e final da contagem das contas.

Puxe as contas de seu Mala sempre em sua direção, uma a uma, entre seu dedo polegar e o dedo do meio, usando seu polegar para “contar” e puxar cada conta, puxando levemente, enquanto recita o mantra escolhido, e movendo para a próxima conta, até completar a série de 108 contas de seu mala, entoando seu mantra escolhido, por 108 vezes seguidas, ou mais.

Uma conta é puxada a cada repetição do mantra. O polegar representa seu chakra da garganta e o dedo do meio representa o éter divino no chakra do coração. Assim, como estamos nos comunicando com seres elevados do plano etéreo, este mudra aumentará nosso poder de comunicação espiritual. Mantenha a mente firme prestando atenção em sua respiração, nas contas e em seu mantra. Enquanto puxa uma conta, inale, entoe o mantra "OM NAMAH SHIVAYA", enquanto exala.

Um Mala foi feito para ser utilizado em harmonia e com muita calma e firmeza em suas palavras. Uma vez que você alcance o Meru, caso queira continuar mais 108 vezes, não o ultrapasse. O Meru é a conta estática do Mala. Vire as contas ao redor e continue na direção inversa. Isso é necessário porque quando puxamos as contas ganhamos um espaço entre elas; assim, juntamos as contas que ficaram para trás; se formos em frente pelo caminho que começamos, encontraremos as contas muito juntas do outro lado do Meru, e o polegar não poderá fazer o "mudra da riqueza espiritual", que toca esses dois dedos a cada puxada.

O Japa Malas pode ajudá-lo a tirar a tensão, a ansiedade, o medo e levará você a atingir níveis mais altos de consciência e realização espiritual. A utilização de Japa Malas aumenta a felicidade e a capacidade de meditação. As contas de Japa dão mais foco e maior determinação a quem as utiliza.

Um mala pode ser um colar ou uma pulseira. A pulseira deve ter 27 contas, que precisarão ser contadas 4 vezes para completar 108.

O poder de um mala

Seu Mala pode ser imantado com o poder de "Japa" de seu mantra. Para isso você precisará praticar todos os dias, por pelo menos 40 dias seguidos. Após 108 dias o mala ficará carregado da energia do poder do mantra entoado/murmurado/meditado, e você poderá colocá-lo ligeiramente sobre si ou em outros, para transmitir a energia do mantra armazenada na mandala de luz formada em seu Mala.

O ideal seria utilizar um Mala para cada mantra. Quando utilizar o seu mala com um novo mantra, a energia do novo mantra começará a substituir a energia do mantra anterior, então, é recomendado usar um novo mala com cada mantra, se possível, é claro. Outra boa idéia é ter um Mala para cada raio. Cada um dos sete principais chakras carrega as energias de uma das sete principais consciências de Deus.

Quando não estiver utilizando seu mala, guarde-o em um lugar limpo e sagrado. O melhor lugar para guarda-lo é sobre um altar pessoal ou sobre uma estatueta sagrada de uma divindade.

O mala é utilizado para que uma pessoa possa pensar sobre o significado do mantra e de suas palavras enquanto entoa, sem ter necessidade de ficar contando as vezes que entoa.

Por   - Sônia Raquel Miranda


segunda-feira, 29 de agosto de 2011

SUA AUTO-ESTIMA.




É preciso coragem para ser feliz. Seja valente. Siga sempre seu coração. Para onde ele for, seu sangue, suas veias e seus olhos também irão. E satisfaça seus desejos. Esse é seu direito e obrigação.
Entenda que o tempo é um paciente professor que irá te fazer crescer, mas escolha entre ser uma grande pessoa ou uma pessoa grande - vai depender só de você.

Tenha poucos e bons amigos. Tenha filhos. Tenha um jardim. Aproveite sua casa, mas vá a Fernando de Noronha, à Europa e à Austrália.
Cuide bem dos seus dentes. Experimente, mude, corte os cabelos.

Ame. Ame pra valer, mesmo que você ache que ele já não é a mesma coisa. Não corra o risco de um dia se pegar dizendo: "Ah, se eu tivesse feito..." Vai que um dia você o perceba inteiro de novo. O futuro é imprevisível. Tenha uma vida rica de vida.

Viva romances de cinema, contos de fada e casos de novela.
Faça muito sexo, de preferência com quem te ame muito.
E tome conta sempre da sua reputação, ela é um bem inestimável. 
As pessoas comentam, reparam, e se você der chance elas inventam detalhes desnecessários para a sua vida.
Se for se casar, faça por amor. Não faça por segurança, carinho ou status. A sabedoria convencional recomenda que você se case com alguém parecido com você, mas isso pode ser um saco! Um grande erro!
Prefira a recomendação da natureza, que sugere que você procure alguém diferente de você. Mas para ter sucesso nessa questão, acredite sempre no olfato e desconfie da visão. É o seu nariz quem diz a verdade quando o assunto é paixão. Seus olhos só vêem detalhes tolos e fugazes, enquanto seu nariz não te engana quanto ao ferormônio que te cabe.

Faça do fogão, do pente, da caneta, do papel e do armário, seus instrumentos de criação. Leia, pinte, desenhe, escreva. E, por favor, dance, dance, dance até o fim, se não por você, faça-o por mim.

Compreenda seus pais. Eles te amam para além da sua imaginação; sempre
fizeram o melhor que puderam, e sempre o farão.

Cultive os amigos. Eles são a natureza ao nosso favor e uma das formas mais raras de amor.
Não cultive as mágoas. Procure sempre os sentimentos intensos e nunca os ressentimentos. Porque se tem uma coisa que se aprende  nessa vida é que um único pontinho preto num oceano branco deixa tudo cinza.

1 Dar valor ao presente

Ter um pé no passado e outro no futuro pode estragar o presente. Trazer à tona injustiças antigas e se preocupar com o que ainda não aconteceu significa usar uma energia da qual pode precisar nas dificuldades. É importante também estar em casa quando está em casa e no trabalho quando está no trabalho. Parece óbvio, mas quantas vezes brincou com os filhos pensando numa renião de trabalho?

2 Aceitar seus defeitos


Nunca seremos perfeitos, então temos de nos aceitar. Precisamos parar de nos ver como inadequados. Por outro lado, é preciso aceitar a responsabilidade por nossos erros, senão nos tornamos vítimas. Fazemos isso pedindo desculpas e consertando a situação. Mas não é só: é preciso uma mudança interna. E não são apenas as outras pessoas que precisam nos perdoar. Também precisamos nos desculpar; do contrário, muita culpa vai atrapalhar nosso desenvolvimento pessoal.

3 Estou vivendo a vida que eu queria?


Você tem três meses de vida. Pense em tudo que gostaria de fazer - ou de não fazer. É um bom exercício. Dizem que só nos arrependemos das coisas que não fizemos. Ter feito uma coisa da qual você não se orgulha não é o mesmo que se arrepender. Além disso, não tem sentido se arrepender das coisas que aconteceram, porque não podemos desfazê-las. No entanto, isso não quer dizer que não se deve pedir desculpas e consertar a situação.

4 Integridade pessoal


Dizemos mais "sim" do que "não" a coisas que não queremos fazer, que nem sequer nos farão sentir bem, só porque queremos que outros gostem de nós e não se decepcionem. Mas é inevitável passar pela vida sem decepcionar os outros. Não podemos concordar com tudo mundo sobre tudo. É preciso se posicionar se quisermos alcançar uma boa autoestima. Integridade pessoal é ser verdadeiro consigo mesmo.

5 Acredite em você


Você pode criar afirmações e repeti-las três vezes por dia. Repita até que você acredite nela. Quando for bem-sucedido e acreditar que é verdade, será hora de passar para outra. Crie suas próprias rotinas para a afirmação: de manhã, na hora do almoço e à noite. Algumas pessoas escrevem suas afirmações num livro, outros gravam ou repetem silenciosamente. Crie a sua: "Tenho confiança em mim mesmo", "Eu recebo bem as mudanças", "Ninguém é melhor do que eu em ser eu"...

6 Agradecer


Dar valor ao que eu tenho, em vez de olhar para o que os outros têm. Muitas vezes nos concentramos no que nos falta, no que ainda não realizamos. É por isso que precisamos nos concentrar em agradecer diariamente. Conseguimos nos fortalecer sendo gratos e construir algo em cima disso. Isso não significa que não é preciso correr atrás de mais desenvolvimento, felicidade, amor etc., mas se não dermos valor ao que temos, nunca ficaremos satisfeitos com o que conseguirmos.

7 Eficiência


É ter em mente alguns preceitos e segui-los. Organizar hoje o que vai fazer amanhã e no futuro. Sentir orgulho de um trabalho bem-feito. Sentir-se muito eficiente. Usar cada segundo da melhor maneira possível e do jeito mais benéfico para você. Sempre ser produtivo. E obter os melhores resultados em tempo mínimo.

PONTOS IMPORTANTES DO REIKI!!


 
PONTOS IMPORTANTES DO REIKI!!

REIKI é uma palavra que significa Energia Vital Universal.

É um método científico complementar de cura através das mãos que utiliza uma energia de alta freqüência, chamada "REI", a qual atua profundamente no indivíduo buscando dissolver a CAUSA de seus males e ampliar sua consciência.
 
Que energia é essa?

Essas energias, de forma ondulada e de tamanho diferenciado, percorrem o espaço por todos os lados como um a carretel de linha. Em determinado instante, estas se unem e se condensam constituindo os prótons, os elétrons e os nêutrons, que por afinidade eletromagnética, criam os átomos.

Então, segundo esta teoria, existem dois tipos de energia no Universo:

1-  A polarizada, formada por prótons, elétrons e nêutrons, que é a energia natural (positiva/negativa)       chamada  "KI", existente em nosso corpo,  gerada pelos nossos átomos.

2-  Energia pura, chamada "REI"  que é a de alta freqüência  vibracional, sem polaridade. "REI" é um tipo    de energia  primordial, segundo a física moderna, é de onde os átomos se originaram, isto é, ela é anterior à formação da energia polarizada, acima citada.

A energia  "REI" equilibra a energia  "KI", daí  o nome :  "REIKI".

R E I K I não tem polaridade ( YIN e YANG). Ele é    YIN,    YANG    e    NEUTRO.

 Para que possamos ter nosso  organismo em bom funcionamento, necessitamos que os átomos do nosso corpo estejam conectados com as ondas de energia, as quais nos deram origem, pois nós somos energia. Mas devido a nossa má alimentação, má respiração, pensamentos ruins, problemas emocionais, respiratórios, estresses do dia à dia, etc. criamos uma espécie de bloqueio, onde colocamos nossos  chakras (pontos de captação de energia) desalinhados, debilitando as nossas glândulas endócrinas que, por sua vez,  desequilibram  nossas células,  nos tornando doentes.

Sabemos que toda a matéria é constituída por átomos. O indivíduo aprende a captar esta energia, como se ele fosse uma antena.

Uma vez sintonizado com essa energia -  para isto é necessário passar pela sintonização (Seminário de Reiki) - ao se tocar, ou ao tocar qualquer ser  vivo, planta, animal, pessoa, alimento, ele se torna um canal  captador das ondas  "REI" , o que é melhor, sem utilizar concentração mental de qualquer espécie, fé, desejo de curar ou ambientes especiais.

É através das mãos que o reikiano adquire  e transmite esta energia.  Ao tocar, liga; ao afastar as mãos, desliga.
São os átomos do corpo do receptor que captam a quantidade  necessária de energia para o equilíbrio de suas próprias células. Sem manipulação de ambas as partes, pois, se trata de uma energia inteligente, vai para o local  mais necessitado.

Em nenhum momento, o aplicador de REIKI perde energia de seu próprio corpo, nem tão pouco, adquire as energias densas de quem está recebendo.
 
REIKI é uma técnica terapêutica muito simples e eficaz, pois complementa qualquer  tratamento físico, psíquico, mental, até espiritual, para os que acreditam, sem qualquer  vínculo filosófico ou religioso. Ultimamente, está sendo utilizado por médicos, enfermeiros, dentistas, fisioterapeutas,  acupunturistas, massagistas, etc. e até por pessoas leigas, que aprendem a técnica, para melhorar sua qualidade de vida, alta estima e abertura de consciência.

PONTOS IMPORTANTES DO REIKI

)Reiki é uma ciência energética. Reiki trabalha independente de qualquer sistema religioso.

2)Reiki é energia não polarizada, portanto, sempre segura.

3)Como o Reiki é não-polarizado, pode ser usado até por uma criança; pode ser usado para tratar, até mesmo, doenças crônicas; ou por um adulto de qualquer meio social.

4)Sendo não-polarizado, Reiki trabalha conjuntamente com qualquer outra forma de terapia incluindo medicamentos, quimioterapia, cirurgia, homeopatia, acupuntura, etc.

5)Porque Reiki é energia que emana do nível subatômico, quando fazendo o tratamento, o terapeuta utiliza primeiramente a Energia Reiki e de uma maneira menor, de toda energia inata do corpo. O terapeuta de Reiki não arrisca nada ao tratar de outros e o Reiki na verdade estará energizando-os quando eles tratam de outra pessoa. Após tratar muitos pacientes, por mais que estejam doentes, o terapeuta Reiki geralmente se sente mais energizado.

6)Reiki trabalha no plano causal, isto é, no nível da raiz da causa e como tal, trata o corpo como um todo; É holístico por natureza, porém não requer nenhuma habilidade em diagnosticar por parte do terapeuta. Por estas razões, Reiki pode ser usado eficientemente por qualquer pessoa de qualquer idade ou meio social.

PRINCIPIOS DO REIKI

HOJE EU ABANDONO A RAIVA.

HOJE EU ABANDONO AS PREOCUPAÇÕES

HOJE EU CONTO COM AS MINHAS BENÇÃOS

HOJE EU FAÇO O MEU  TRABALHO  HONESTAMENTE

HOJE EU SOU GENTIL COM  CRIATURAS   VIVAS.

O que é um Reikiano?

 Aquele que trabalha com as mãos é um artesão!

Aquele que trabalha com a mente é um sábio!

Aquele que trabalha com a inspiração é um artista!

Aquele que trabalha com a técnica é um profissional!

Aquele que trabalha com a intuição é um místico!

Aquele que trabalha com o coração é um espiritualista!

Aquele que trabalha com as mãos, mente, inspiração, técnica, 
intuição e com o coração, é um Reikiano
REIKI E GRAVIDEZ

A energia vital tem um papel importante em tudo o que fazemos. Anima o corpo e também é a força principal de nossas emoções e pensamentos.
Na gestação, é uma forma prazeroza e saudável para descobrir o silêncio da paz interior, da consciência do vínculo psíquico e emocional que existe entre mãe e bebê desde o início da gravidez.
Também é indicado para o relaxamento corporal, reduzindo ansiedade e stress.
O bebé também pode usufruir dos benefícios do Reiki. É indicado para auxiliar na adaptação a nova vida.
Experimente e vivencie uma gestação e pós-parto com tranquilidade e confiança em si mesma.

 Aplicação e Benefícios

O Reiki é uma prática segura durante toda a gravidez desde a concepção até ao pós-parto. 
É importante que a grávida esteja esclarecida sobre o que é o Reiki, se identifique com esta terapia e, em caso positivo, que usufrua de uma sessão de livre e espontânea vontade.

No início da gravidez: para ajudar a aliviar o stress e o desconforto que uma grávida pode sentir nesta fase e, simultaneamente, aumentar o fluxo de energia que se transmite entre estes dois seres. É um momento único de comunhão de energia entre mãe e filho.

Durante a gravidez: o Reiki diminui ansiedades, náuseas e insónias na futura mamã enquanto acalma, relaxa e promove o desenvolvimento em harmonia do bebé.

No parto: ter recebido Reiki, ajuda a controlar a dor sentida, facilitando o trabalho de parto por uma maior capacidade de relaxamento e controle e emocional.

No pós-parto: o Reiki auxilia a mãe a sentir-se mais serena e a gerir melhor a montanha de emoções que habitualmente surgem nesta fase, como a depressão pós-parto.
É comum a referência à espantosa saúde com que nascem alguns bebés em que as mães fizeram Reiki durante a gravidez, e ainda a ausência ou redução substancial de cólicas, além de uma gestação tranquila e equilibrada.

ANSIEDADE E ESTRESSE




APRENDA A DRIBLÁ-LAS E TRAZER HARMONIA EM SUA VIDA
 
1- Desintoxique-se: pratique a alimentação desintoxicante diariamente, fazendo uso dos sucos desintoxicantes uma ou mais vezes por dia, sendo o primeiro em jejum logo ao levantar. Desta forma já fica declarado: desejo tomar este banho interno diariamente, favorecendo assim que todo o meu organismo se alivie de toda a carga tóxica que existe em mim. Seja físico, emocional, psicológico ou até mesmo espiritual.
2- Alongue-se: já temos falado sobre os benefícios da atividade física como um excelente antídoto para a ansiedade e o estresse. Agora, uma esticada de cinco minutos antes de dormir pode fazer maravilhas pelo sono. Exercícios simples e rápidos dão uma mão para que o corpo comece a se desligar das tensões.
3- O ritmo da vida: as leis naturais obedecem a um ritmo. Existe hora para acordar, se alimentar, trabalhar e relaxar. O organismo gosta de rotinas e elas podem favorecer no combate à ansiedade fora dos trilhos. Quanto mais regular o horário das refeições, melhor a digestão e o aproveitamento dos alimentos, tão fundamental num organismo debilitado.
4- Faça arte: ela nos ajuda a expressar emoções bloqueadas, trazendo alívios e soluções. Cerque-se de cores, papéis, pincéis, tesoura, massinha e deixe a sua criança se divertir e brincar. Faça colagem ou risque e rabisque mandalas. Seja o que fôr, permita que seja catártico e divertido. Chore, ria, dance e cante, pois tenha certeza que seus males serão espantados.
5- Ficar só: experimente ficar por um tempo escutando e dando atenção somente para vpcê. Não deixe ninguém importuná-lo. Então, use esse momento precioso para o que quiser: refletir sobre a vida, ouvir música, ver fotos. Desligue o telefone, computador e tranque o quarto. O importante é dedicar-se a você.
6- Pratique yoga, tai chi chan ou alguma prática oriental: sem risco de se machucar, você ainda reaprende a respirar, meditar e flexibilizar todas as suas couraças musculares.
7- Receba massagem: pode ser shiatsu, ayurvédica, relaxante, enfim, aquela que lhe permite relaxar e sair renovado. Coloque na sua agenda: 1 vez/semana e não abra mão deste carinho/presente para você mesmo.
8- Valorize bons momentos: tenha a gratidão de ter sempre por perto de seus pensamentos recordações de bons momentos, quando a felicidade ocupou todos os seus espaços. É responsabilidade nossa mudar os pensamentos destrutivos e negativos e colocar no lugar os bons pensamentos. Faça uma lista destes momentos e use-os toda vez que vierem aqueles filmes repetitivos que não constroem NADA de bom para a sua vida.
9- Sem exagero: a ansiedade gosta de transformar copos de água em tempestades. Neste momento, rir é o melhor remédio, porque sinceramente, é patético pensar que um copo de água vai alagar e submergir sua vida.
10- Pega leve: todo mundo tem o direito de errar ou de cometer uma gafe de quando em vez. Exesso de controle e perfeição só serve para FRUSTRAR e deprimir. Nunhum coração agüenta isso. Tente ser mais seu amigo, mais condescendente, mais tolerante e mais LIGHT.
11- Busque contato com a natureza: ela faz um fio terra e descarrega você de tudo que está descompensado. Portanto, caminhe descalço na terra, na praia, tome banho de mar ou cachoeira, abrace árvores, admire o horizonte, a copa das árvores, o vôo e o canto dos pássaros. Vá gandaiar no mato.
12- Terapia do Riso: existe o ditado que afirma "Rir é o melhor remédio". Cientistas, médicos e terapeutas já não têm mais dúvidas. Procure assistir "pegadinhas", o Chaves, o Chaplin, os Doutores da Alegria, ler, ouvir e contar piadas, enfim, busque transformar seus pensamentos e atitudes praticando este hábito super-sábio e saudável de RIR. Ele irá fortalecer seu organismo e elevá-lo, para assim você poder perceber as dificuldades a partir de uma nova perspectiva, uma nova ótica.
13- Diga-me com quem andas: não se deixe rodear de pessoas amargas, pessimistas, negativas e muito críticas e nervosas. Cuidado: tudo isso pega. Sempre que possível afaste-se de quem o leva para baixo. E, quando for inevitável, prepare-se para ser prático, objetivo e sair fora o mais rápido que puder.
14- Aproveite o trânsito: tenha sempre no carro CDs e fitas de músicas, piadas e culturais que o elevem e o tornem uma pessoa melhor.
15- Faça uso de terapias alternativas: escolha aquela que você sente mais sintonia. Pode ser floral, aromaterapia, fitoterapia, cromoterapia, homeopatia, enfim. Elas podem ser uma excelente ferramenta para acalmá-lo, prepará-lo para chegar mais dentro de você, despertá-lo. Procure saber um pouco antes para fazer sua escolha. Depois procure um bom profissional.
16- Meditação: existem tantas técnicas. Uma delas será a mais adequada para você. Existem as meditações ativas do Osho, as meditações com os mantras, as meditações budistas, aquelas que trabalham com visualizações. A própria prática da yoga ou tai chi chuan já pode induzi-lo a um estado de meditação. Qualquer que seja a técnica eleita, o espaço será sempre o mesmo: o de você ficar mais presente, mais atento ao que seu coração fala, o universo sinaliza e oferece você, ao aqui e agora, ao presente. Somente neste espaço você poderá tomar decisões lúcidas, conscientes e mais vitoriosas.



 Conceição Trucom

domingo, 28 de agosto de 2011

DESEJO, CONSIGO!

 
 
 
DESEJO,  CONSIGO!
 
Você já imaginou que o poder de conseguir tudo o que deseja está em sua mente? Que a capacidade para eliminar obstáculos, problemas ou doenças está dentro de você? Que para alcançar qualquer objetivo basta querer? Para o médico e escritor Joseph Murphy (1898-1981), o grande segredo está na chamada mente subconsciente. “Você pode introduzir em sua vida mais riqueza, saúde e felicidade, se descobrir como entrar em contato com o subconsciente e libertar seu poder oculto. E não é preciso adquirir este poder, pois você já o tem; precisa apenas aprender a aplicá-lo em todas as áreas da vida”, ensina Murphy em seu livro O Poder do Subconsciente, publicado no Brasil na década de 60.

A antiga receita parece simples e milagrosa, mas vamos com calma. Você deve estar se perguntando: se essas idéias fossem verdadeiras, então, todo o mundo viveria feliz e satisfeito, e os males não existiriam, já que qualquer um poderia aprender a usar o subconsciente para eliminá-los de sua vida. Segundo Murphy, a mente subconsciente, ao aceitar uma idéia, começa a buscar meios de pô-las em prática, indicando o caminho à mente consciente. Assim, para alcançar o sucesso é necessário unicamente fazer com que a mente subconsciente aceite a idéia que você deseja.

Maravilhoso, não? Contudo, da mesma forma que a mente subconsciente trabalha para executar idéias de êxito, saúde e sucesso produzidas pela mente consciente, ela também opera em favor de pensamentos destrutivos, de doenças, de insucesso, de sogrimento, de rejeição e de negação. E é ai que mora o perigo. Assim, a mente consciente é uma arma poderosa que, se mal direcionada, pode provocar, com a mesma potência, os efeitos contrários a tudo o que se deseja de bom na vida.

O ser humano possui apenas uma mente, dividida por dois conceitos: objetivo e subjetivo. A primeira adquire conhecimentos por meio dos sentidos, aprende pela observação, experiência e educação. Sua principal função é o raciocínio. Já a mente subjetiva, ou subconsciente, aprende pela intuição, é sede das emoções e da memória. “Não existe uma divisão física ou química no cérebro humano que distingue a mente consciente da inconsciente. Existem regiões no cérebro com diversas funções, mas a divisão entre a mente objetiva é conceitual, criada para identificar os diferentes papéis que a mente desempena”, explica a psicóloga Márcia Dolores Resende, especialista em programação neurolinguística.

É como se a mente consciente fosse o navegador ou capitão no comando de um navio. Ele dirige o navio e dá ordens aos homens da casa de máquinas, que controlam as caldeiras e instrumentos da embarcação. Os homens da casa de máquinas são como a mente subconsciente: eles não sabem para onde estão indo, apenas cumprem ordens. Iriam de encontro às rochas se o comandante emitisse instruções erradas. Eles obedecem às ordens de quem está no comando sem discussão, limitam-se a executá-las. O comandante é o senhor do navio e suas determinações sempre são realizadas. Do mesmo modo, a mente consciente está no comando do indivíduo, é a senhora do seu corpo, ambiente e relacionamentos. A mente subconsciente recebe as ordens baseadas no que o consciente acredita e as aceita como verdadeiras.
O subconsciente está a serviço dos desejos e pensamentos de cada um. Querer é poder e, segundo a teoria de Murphy, o subconsciente leva esse lema muito a sério. Feito o pedido, ele começa a trabalhar para cumprir sua missão. Como? Principalmente, direcionando a atenção do indivíduo a tudo aquilo que pode levá-lo ao seu objetivo final. Por exemplo, imagine que alguém queira trocar seu carro. De repente, o futuro comprador começa a ver, em todos os lugares que vai, carros no modelo e na cor que deseja comprar. O que ocorreu? De um dia para o outro a cidade ficou infestada de carros de um determinado modelo e cor? Simplesmente, o indivíduo passou a prestar mais atenção no objeto de desejo, é o seu subconsciente entrando em ação. As chamadas coincidências ou obras do destino também são, muitas vezes, fruto do trabalho da mente subconsciente.

Essa alta eficiência do subconsciente deve, contudo, ser motivo de muita atenção e cuidado às mentes conscientes dos seres humanos. Murphy alerta: todas as suas experiências e tudo o que surge em sua vida se baseiam na natureza do material que você utiliza na construção de sua casa mental. Se o seu projeto, diz ele, está repleto de padrões mentais negativos, como medo, preocupação, ansiedade ou frustração, então a textura do material mental que você está reunindo resultará em mais problemas, tensões, ansiedades e limitações de toda a espécie. A atividade mais importante e de alcance mais longo da vida é a que o individuo constrói na mente em todos os momentos de desespero. Cada palavra é silenciosa e invisível, mas é real.

Durante todo o tempo, você constrói sua casa mental. O pensamento e as imagens mentais representam o projeto. A cada instante, você pode construir saúde, felicidade e sucesso radioso com os pensamentos que lhe passam pela cabeça, as idéias que elabora, as crenças que aceita e as cenas que ensaia no palco oculto da mente, ensina Murphy. Esta mansão imponente que você está construindo é a sua personalidade, a identidade e a história de sua vida. Mas se ela não passa de um casebre ou está prestes a desabar, você pode fazer um novo projeto. Desenhe-o silenciosamente, com elementos de paz, harmonia, alegria e boa vontade no presente. “Detendo-se nessas coisas, e defendendo-as, sua vontade subconsciente aceitará seu projeto e terminará por torná-lo realidade”, aconselha o especialista.

Afinal, seu desejo é uma ordem!

O MELHOR SOBRE OS CHAKRAS











 


 


terça-feira, 23 de agosto de 2011

A DESCOBERTA DA BONDADE FUNDAMENTAL


Grande parte do caos que existe no mundo deve-se ao fato de que as pessoas não se autovalorizam. Como jamais desenvolveram o sentimento de benevolência ou empatia por si mesmas, não conseguem experimentar o sentimento de paz ou harmonia interior, e por isso o que projetam para os demais é igualmente desarmônico e confuso.
Em vez de valorizarmos a vida, freqüentemente julgamos nossa existência como algo garantido, algo que não exige maiores preocupações, ou a consideramos um fardo pesado e deprimente. Há pessoas que ameaçam suicidar-se porque não estão recebendo da vida o que acreditam merecer. Algumas transformam a ameaça de suicídio em chantagem, dizendo que se matarão se certas coisas não mudarem.
É preciso levar a vida a sério, sem dúvida, mas isso não significa exasperar-se, chegar à beira da crise queixando-se dos problemas e alimentando rancor contra o mundo. Temos de aceitar a responsabilidade pessoal pela elevação de nossas vidas.
Quando uma pessoa não se condena, quando não se inflige punições, quando relaxa um pouco mais e valoriza seu corpo e sua mente, ela começa a ter contato com a noção básica de bondade fundamental existente nela.
Por isso é extremamente importante a disposição para abrir-se a si mesmo. Cultivar ternura por nós mesmos permite-nos enxergar com clareza tanto os nossos problemas como as nossas potencialidades; não nos sentimos compelidos nem a fechar os olhos aos problemas, nem a exagerar nosso potencial. Esse tipo de carinho e autoestima é indispensável. É o ponto de partida para nos ajudarmos e ajudarmos aos outros.
Como seres humanos, possuímos uma base de trabalho que nos permite elevar nossa condição existencial e nos tornar plenamente animados. Essa base de trabalho está sempre ao nosso alcance. Temos a mente e o corpo, e eles nos são muito preciosos.
É por termos a mente e o corpo que somos capazes de compreender o mundo. A existência é maravilhosa, é algo precioso. Nenhum de nós sabe por quanto tempo viverá. Logo, enquanto estamos vivos, por que não usar a vida? Mais ainda, antes de usá-la, por que não lhe dar valor?
Como descobrir essa forma de apreço? Desejá-la na imaginação ou simplesmente falar sobre o assunto não ajuda. Na tradição de Shambhala, a disciplina para desenvolver tanto a autoestima como o apreço pelo mundo é a prática de sentar-se em meditação. A prática da meditação foi ensinada pelo Buda há mais de 2.500 anos e desde então faz parte da tradição de Shambhala.
Está baseada numa tradição oral: desde a época do Buda essa prática vem sendo transmitida de um ser humano a outro. Assim, manteve-se como tradição viva, de modo que, embora seja uma prática antiqüíssima, continua atual. Neste capítulo vamos abordar com algum detalhamento a prática da meditação, mas é importante lembrar que, para compreendê-la plenamente, é preciso receber orientação direta e individualizada.
Por meditação, entendemos aqui algo básico e muito simples, não vinculado a nenhuma cultura em particular. Estamos falando de um ato simplesmente fundamental: sentar no chão, adotar uma boa postura e cultivar o sentimento de termos um espaço próprio, de termos nosso lugar na terra.
Esse é o meio de nos redescobrirmos e de redescobrirmos nossa bondade fundamental, o meio de entrarmos em sintonia com a genuína realidade, sem nenhuma expectativa, sem nenhum preconceito.
Às vezes a palavra meditação é empregada para designar a contemplação de determinado tema ou objeto: medita-se sobre isto ou aquilo. Meditando-se sobre uma questão ou sobre um problema, pode-se achar a solução para eles. A palavra também está ligada à busca de uma condição mental superior, através de algum tipo de estado de transe ou absorção.
Mas aqui nós falamos de um conceito de meditação completamente diferente: a meditação incondicional, sem nenhum objeto ou idéia fixados na mente. Na tradição de Shambhala meditar é simplesmente treinar nosso ser para que a mente e o corpo possam estar sincronizados. Através da prática da meditação podemos aprender a ser absolutamente autênticos, sem dissimulação: podemos aprender a viver plenamente.
A vida é uma viagem sem ponto final; é uma grande rodovia que se estende infinitamente no horizonte. A prática da meditação fornece-nos um veículo para percorrer essa estrada. A viagem está cheia de altos e baixos, de esperança e medo, mas é uma boa jornada. A prática da meditação permite-nos vivenciar todas as texturas da estrada, e é justamente nisso que consiste a viagem.
Com a prática da meditação começamos a descobrir que, afinal de contas, não há em nós nenhum motivo fundamental para nos queixarmos de coisa alguma.


Às vezes a palavra meditação é empregada para designar a contemplação de determinado tema ou objeto: medita-se sobre isto ou aquilo. Meditando-se sobre uma questão ou sobre um problema, pode-se achar a solução para eles. A palavra também está ligada à busca de uma condição mental superior, através de algum tipo de estado de transe ou absorção.
Mas aqui nós falamos de um conceito de meditação completamente diferente: a meditação incondicional, sem nenhum objeto ou idéia fixados na mente. Na tradição de Shambhala meditar é simplesmente treinar nosso ser para que a mente e o corpo possam estar sincronizados. Através da prática da meditação podemos aprender a ser absolutamente autênticos, sem dissimulação: podemos aprender a viver plenamente.
A vida é uma viagem sem ponto final; é uma grande rodovia que se estende infinitamente no horizonte. A prática da meditação fornece-nos um veículo para percorrer essa estrada. A viagem está cheia de altos e baixos, de esperança e medo, mas é uma boa jornada. A prática da meditação permite-nos vivenciar todas as texturas da estrada, e é justamente nisso que consiste a viagem.
Com a prática da meditação começamos a descobrir que, afinal de contas, não há em nós nenhum motivo fundamental para nos queixarmos de coisa alguma.
Damos início à prática da meditação sentando-nos no chão com as pernas cruzadas. Simplesmente pelo fato de permanecermos ali, no instante presente, começamos a sentir que podemos moldar nossa vida e até torná-la maravilhosa. Percebemo-nos capazes de sentar como rei ou rainha num trono. A majestade dessa situação revela-nos a dignidade que há em sermos tranqüilos e simples.
Na prática da meditação uma postura reta é extremamente importante. Manter as costas eretas não é uma postura artificial. É a posição natural do corpo humano. O estranho é justamente o contrário. Uma postura descuidada, com ombros caídos e costas recurvas, impede-nos de respirar de forma adequada, além de ser um indício de que estamos começando a ceder à neurose.
Assim, ao sentarmos eretos estamos proclamando — a nós mesmos e ao resto do mundo — nossa disposição para nos tornarmos guerreiros, seres plenamente humanos.
Para ter as costas eretas não é necessário fazer força e obrigar os ombros a se levantarem; a postura erguida vem naturalmente do ato de sentar com simplicidade, mas também com altivez, no chão ou numa almofada própria para meditar. Logo, se as costas estão retas, não sentimos nenhum vestígio de timidez ou constrangimento, e assim não há por que abaixarmos a cabeça.
Não estamos nos curvando a nada. Por isso os ombros automaticamente se endireitam, e nossa percepção da cabeça e dos ombros começa a ficar mais aguçada. Podemos agora deixar que as pernas repousem naturalmente na posição cruzada; não é necessário que os joelhos toquem o chão. Completamos a postura apoiando levemente as palmas das mãos sobre as coxas, o que nos dá uma sensação ainda maior de estarmos assumindo de maneira adequada o nosso lugar.
Nessa postura o olhar não se perde em passeios a esmo. Temos a sensação plena de estarmos ali e não em outro lugar. Os olhos permanecem abertos, mas o olhar se inclina ligeiramente e estanca a cerca de dois metros diante de nós. Não vagueia de um lado para o outro, o que fortalece a sensação de algo deliberado e bem-definido.
Essa postura real pode ser encontrada em posturas egípcias e sul-americanas, assim como em estátuas orientais. Trata-se de uma postura universal, não específica de nenhuma cultura ou época.
No dia-a-dia também devemos estar atentos à postura, à posição dos ombros e da cabeça, ao modo de andar, de olhar para as pessoas. Mesmo quando não estamos meditando podemos dignificar nossa existência. Podemos superar o constrangimento e ter orgulho de sermos seres humanos. Esse orgulho é aceitável e bom.
Assim, na prática da meditação, sentando-nos com uma boa postura ficamos atentos à respiração. Ao respirar, estamos inteiramente ali, verdadeiramente ali. Com a expiração nós saímos de nós mesmos, nosso fôlego se dissolve e logo em seguida a inspiração naturalmente acontece. Então saímos outra vez. Ocorre assim um constante “ir embora” com a expiração.
Ao expirar nós nos dissolvemos, nos difundimos. Logo depois a inspiração se produz, naturalmente; não precisamos tomar conta. Simplesmente voltamos à postura — e estamos prontos para mais uma expiração. Sair e dissolver-se: chuuu…; em seguida, voltar à postura; logo depois, chuuu…, e voltar à postura.
Haverá então um inevitável clique! — um pensamento. Nesse instante nós dizemos: “Pensando”. Dizemos mentalmente, não em voz alta: “Pensando”. Rotular assim os pensamentos é uma poderosa alavanca para retornarmos à respiração. Quando um pensamento nos afasta por completo do que estamos realmente fazendo — quando já não percebemos que estamos sentados numa almofada, mas nos vemos em Nova York ou San Francisco —, nós dizemos: “Pensando“, e assim nos trazemos de volta à respiração.
O tipo de pensamento na verdade não faz diferença. Na prática da meditação sentada todos os pensamentos, sejam eles escabrosos ou benfazejos, são vistos simplesmente como pensamentos. Não são nem virtuosos nem pecaminosos. Pode-se pensar em assassinar o próprio pai ou ter vontade de fazer uma limonada e comer biscoitos.
or favor, não nos escandalizemos com nenhum pensamento que tivermos: qualquer pensamento é apenas pensamento. Nenhum deles merece nem uma medalha de ouro nem uma repreensão. Limitemo-nos a aplicar-lhes o rótulo — “Pensando” — e voltemos à respiração. “Pensando”, e voltemos à respiração.
A prática da meditação é muito precisa. Deve acertar exatamente no alvo. É um trabalho bastante árduo; porém, se nos lembrarmos da importância da postura, isso levará à sincronização entre a mente e o corpo. Sem uma boa postura, a prática será semelhante ao esforço de um cavalo manco para puxar uma carroça: nunca funcionará. A
ssim, primeiro é preciso sentar e assumir uma boa postura. Em seguida, tem início o trabalho com a respiração: chuuu…, sair, voltar à postura; chuu…, voltar à postura; chuuu… Quando surge um pensamento, nós lhe aplicamos o rótulo — “Pensando” — e voltamos à postura, voltamos à respiração. A mente trabalha em conjunto com a respiração, mas o corpo se mantém sempre como ponto de referência. Não trabalhamos apenas com a mente. Trabalhamos com a mente e o corpo, e quando ambos trabalham juntos, nunca abandonamos a realidade.
O estado ideal de tranqüilidade provém da vivência da sincronização entre o corpo e a mente. Se o corpo e a mente não estão sincronizados, o corpo perde vigor… e a mente se perde por um caminho qualquer. É como um tambor malfeito: o couro não está ajustado à armação, logo, ou a armação se quebrará ou o couro acabará cedendo. A tensão entre eles nunca se mantém constante.
Quando a mente e o corpo estão sincronizados, então, graças à boa postura, a respiração se produz naturalmente. E como a respiração e a postura trabalham juntas, a mente dispõe de um ponto de referência para orientar-se. Como conseqüência, a mente pode sair naturalmente com a exalação.
Esse método de sincronização entre a mente e o corpo nos ensina a ser muito simples e a sentir que não somos nada especiais — somos seres comuns, extraordinariamente comuns. Nós apenas nos sentamos, como guerreiros, e desse ato nasce um senso de dignidade pessoal. Estamos sentados na terra — e percebemos que essa terra nos merece e que nós merecemos essa terra.
Estamos aqui — pessoalmente, com plenitude e autenticidade. Na tradição de Shambhala, portanto, a prática da meditação é indicada para educar as pessoas a serem honestas e autênticas, fiéis a si mesmas.
Em certo sentido, deveríamos ter a sensação de carregar um grande fardo: o fardo de ajudar o mundo. Não podemos nos esquivar a essa responsabilidade para com os outros. Porém, se assumimos esse fardo como um prazer, podemos realmente liberar o mundo.
O meio é este: começar por nós mesmos. Sendo abertos e honestos em relação a nós mesmos, podemos aprender a ser abertos também para com os outros. Desse modo, partindo da bondade que descobrimos em nós, podemos trabalhar com o resto do mundo. Por esse motivo, a prática da meditação é vista como um bom meio — aliás, um excelente meio — de vencer a guerra no mundo: nossa guerra pessoal e as guerras em maior escala. 


Chögyam Trungpa, Shambhala: a trilha sagrada do guerreiro.

domingo, 21 de agosto de 2011

GANESHA - O DEUS DA PRÓSPERIDADE




Ganesha pertence à família de deuses mais populares do Hinduísmo. Ele é o filho mais velho de Parvati e Shiva. Ganesha tem uma enorme cabeça de elefante, imensa para um corpo de menino indicando sua capacidade intelectual e a firme dedicação ao estudo das escrituras.

Ganesha é o Sábio. Ganesha tem na fronte o Vibhuti e um pequeno tridente indicando que é filho de Shiva - o Senhor da disciplina e da aniquilação da ignorância, indica também, que o sábio tem sempre em mente o Ser Supremo.

As enormes orelhas e a cabeça de elefante representam os dois primeiros passos para a auto realização - “Sravanam”, escutar o ensinamento e “Mananam”, refletir sobre ele. A tromba representa “Viveka”, a capacidade de discriminação entre Nitya, o eterno e ilimitado, e Anitya, o não eterno. O intelecto do homem comum está sempre preso entre os pares de opostos (as presas), o Sábio não é mais afetado por esses pares de opostos (frio-calor, prazer-dor, alegria-tristeza, etc.) tendo atingido um estado de equanimidade , representado por uma das presas quebrada. O Sábio nunca esquece sua verdadeira natureza (memória de elefante). A barriga enorme representa sua capacidade de engolir, digerir e assimilar todos os obstáculos, assim como o ensinamento escutado. O ratinho que fica aos seus pés simboliza o Ego e seus desejos com sua voracidade e cobiça, frequentemente roubando mais do que pode comer e guardando mais do que pode lembrar.

O Sábio tem o desejo sob total controlo, por isso o ratinho olha para cima e aguarda sua permissão para comer os objetos dos sentidos. A cabeça de Ganesha simboliza o Atman ou a alma, que é a suprema realidade da existência humana, e seu corpo humano representa Maya, ou a existência terrena dos seres humanos. A cabeça de elefante indica sabedoria e seu tronco representa Om, o símbolo de som da realidade cósmica. Na mão direita superior Ganesha tem um aguilhão, que ajuda a impulsionar a humanidade para a frente no caminho eterno e eliminar os obstáculos do caminho. A corda na mão esquerda de Ganesha é um delicado instrumento para captar todas as dificuldades. A presa quebrada de Ganesha, que tem como uma caneta na mão direita inferior é um símbolo de sacrifício, que partiu para escrever o Mahabharata.

O rosário na mão de outros autores sugere que a busca do conhecimento deve ser contínuo. O lado (doce) que detém no seu tronco indica que é preciso descobrir a doçura do Atman. Seus ouvidos fã-como saber que ele é todo ouvidos para a nossa petição. A serpente que corre em volta de sua cintura representa a energia em todas as formas. A mão inferior esquerda oferece Modaka - Modaka é um doce de leite e arroz tostado que representa a satisfação, a plenitude que se alcança com um caminho de disciplina e auto conhecimento.
Para adorar Ganesha, monte um pequeno altar com um pano vermelho e a sua imagem e faça diariamente os seus mantras ou oração. Como oferendas pode colocar arroz cozido só em água, flores amarelas e vermelhas, queime um incenso de Sândalo, e velas vermelhas e amarelas, um potinho com rebuçados de coco, um pratinho com nove moedas. Um cristal branco também pode ser colocado no seu altar.

Repita nove vezes o mantra OM, e o mantra “Om Gam Ganapataye namaha”.


Ganesha, a própria consciência
Mitologia Hindu: Os Nomes de Ganesha

Nomes de Ganesha através dos quais ele deve ser lembrado:

1 - Aquele que tem a tromba curva;

2 - Aquele que tem um dente;

3 - Aquele cujo veículo é um rato escuro;

4 - Aquele que tem a face de elefante;

5 - Aquele que tem um grande abdome;

6 - O grande;

7 - O rei dos obstáculos;

8 - Aquele que tem a cor escura;

9 - Aquele que tem a lua na testa;

10 - O removedor dos obstáculos;

11- O Senhor dos ganas, forças de Shiva
Ele é o ‘Deus da Boa Fortuna” e também o “Destruidor de Obstáculos” de ordem material ou espiritual.

Ganesha é adorado junto de Lakshmi (a deusa da abundância) sobretudo pelos mercadores e homens de negócio.


O ANIVERSÁRIO DE GANHESHA

GANESHA CHATURTHI
Ganesha Chaturthi cai no quarto dia da quinzena de lua escura no mês Hindu de Bhadra (setembro), exatamente no dia 11 de setembro. Neste dia, as pessoas por toda parte na Índia celebram o aniversário de Ganesha. Ganesha é um símbolo muito poderoso do Yoga, e uma lembrança de como deveria ser nossa visão para administrar nossas vidas, com objetivo de viver mais harmoniosamente e conscientemente.

Ganesha é um dos personagens mitológicos mais populares da Índia. É considerado o destruidor dos obstáculos ao desenvolvimento espiritual e material, permitindo aos seus devotos alcançar as riquezas e assegurando o êxito em todos os empreendimentos, por isso é a primeira divindade reverenciada em todos os rituais hindus.

Chaturthi quer dizer 'o quarto'. Aqui especificamente recorre ao quarto estado de ser, super-consciência. Um indivíduo tem que buscar a ajuda de Ganesha se ele desejar chegar a este quarto estado. Por isto que o festival é chamado Ganesha Chaturthi. É uma lembrança que se devem buscar as bênçãos de Ganesha para se ter sucesso no Sadhana Yogui (prática de Yoga).

A palavra Ganesha é composta de duas palavras do sânscrito: Gana (criado ou administrador) e Isha (supremo). Então Ganesha quer dizer literalmente 'o administrador' supremo. Ele também é conhecido amplamente como Ganapati, 'o administrador' principal. A palavra Gana nesse contexto tem significado especial. A mente cósmica e individual tem aspectos diferentes ou poderes; estes são chamadas Ganas. Ganesha é o chefe ou o que possui maior destes poderes, que controla todos os outros. O poder da inteligência que dirige tudo no cosmo e no homem.

Ganesha simboliza aquela inteligência inexplorada dentro de cada um de nós. O propósito de adorar e evocar Ganesha é provocar a transformação interna, enquanto resultando de uma expressão de pura inteligência, despertado progressiva e gradualmente por Sadhana Yogui, ou seja, práticas de Yoga.



Esse mantra invoca o deus hindu Ganesh para que se abra os caminhos da Prosperidade: 

                                            Om Ganadhipataiê Namá 
Ganeshawaraia Namá
Gana Naiakaia Namá
Vakratandaia Namá
Mohodaraia Namá
Gaja Vakraia Namá
Lambodaraia Namá
Vikataia Namá
Vighnarajaia Namá
Gana Kridaia Namá

"Graças te sejam dadas, ó Ganesha! Tu és a manifestação suprema da verdade. A um só tempo, é criador, preservador e destruidor, espírito eterno e grandioso. Dá-nos a tua proteção contínua e concede-nos a capacidade de compreender teus ensinamentos. Este universo surge de ti! Tu és a terra, a água, o ar, o vento, o fogo e o éter. Ilumina-nos! Permite que meditemos no teu semblante. Sabemos que da adoração a ti colheremos os frutos e alcançaremos a perfeição da união, as riquezas, as virtudes e a beatitude final."

ACEITAÇÃO - O PRINCÍPIO DA MUDANÇA






A primeira impressão que temos quando ouvimos ou pensamos em aceitar, seja uma pessoa, um fato ou uma circunstância é de que estaremos nos submetendo ou nos subjugando, desistindo de lutar, desistindo de mudar, sendo fracos.
De verdade se quisermos modificar qualquer aspecto da nossa vida, das nossas relações ou de nós mesmos devemos começar aceitando.

Na verdade a aceitação é detentora de um poder transformador que só quem já experimentou é que pode avaliar.
È realmente difícil aceitar perda material ou afetiva; uma situação de dificuldade financeira; uma doença; uma "humilhação"; uma "traição", etc.
Mas a aceitação é um ato de força interior, sabedoria, e humildade, já que existem inúmeras situações que não podemos mudar no momento em que acontecem.

E de maneira geral as pessoas são como são, dificilmente mudam, na verdade não podemos contar com isso, quem muda somos nós por escolha e vontade própria, portanto, se não houver aceitação, o que estaremos fazendo é insensato, é insano.

Ser resistente a isso, brigar, revoltar-se, negar, deprimir, desesperar,
indignar-se, culpar,culpar-se, etc, são reações emocionais carregadas de raiva; raiva do outro, raiva de si mesmo, raiva da vida e a raiva destrói, desagrega. A aceitação é uma força que desconhecemos porque somos condicionados á lutar, a esbravejar, a brigar.
Aceitar não é desistir, nem tão pouco se resignar. Aceitar é estar lúcido do momento presente como é, e se assim a vida se apresenta, assim deve ser, já que tudo está coordenado pela Lei da ação e reação.

No instante em que aceitamos, desmaterializamos situações que foram criadas por nós (“karma”), soluções surgem naturalmente através da intuição ou fatos trazendo as respostas e as saídas para a situação, tudo isso porque paramos de resistir a VIDA como se apresenta no momento.

A consciência de que tudo é movimento, nada é permanente, faz com que a aceitação aconteça mais facilmente. A nossa tendência “natural” é resistir, não aceitar, combater tudo o que nos contraria e o que nos gera sofrimento. Dessa forma prolongamos a situação. Resistir só nos mantem presos dentro da situação desconfortável, muitas vezes perpetuando e tornando tudo mais complicado e pesado.

Quando não aceitamos nos tornamos amargos, revoltados,frustrados, insatisfeitos, cheios de rancor e tristeza, e esses padrões mentais/emocionais criam mais e mais dificuldades, nunca trazem solução.
Aceitar é expandir a consciência e encontrar respostas, soluções, alívio. Aceitar é o que nos leva à Fé.

È fundamental entender que aceitar não significa desistir; seguir adiante com otimismo, e ter muitos propósitos a serem atingidos é nossa atitude saudável diante da vida. Aceitar se refere ao momento presente, ao agora, no instante que você aceita, ou em outras palavras, você entrega, novas idéias surgem para prosseguir na direção desejada, saindo do sofrimento.

O QUE É REFLEXOLOGIA E COMO FUNCIONA?




A REFLEXOLOGIA é uma arte suave, uma ciência fascinante e uma forma extremamente eficaz de massagem terapêutica no campo da medicina complementar. É uma ciência porque se baseia no estudo fisiológico e neurológico. É também uma arte porque muita coisa depende da habilidade com que o terapeuta aplica o seu conhecimento.
 
É uma técnica específica de pressão que atua em pontos reflexos precisos dos pés com base na premissa de que as áreas reflexas dos pés correspondem a todas as partes do corpo. Como os pés representam um microcosmo do corpo, todos os órgãos, glândulas e outras partes estão dispostas num arranjo similar ao dos pés. Fenômeno da representação microcósmico de partes do corpo em diferentes áreas do organismo também se manifesta na íris do olho, na face, na orelha, na coluna e nas mãos. Todavia, as áreas correspondentes dos pés são mais específicas, tornando mais fácil trabalhar com elas.
 
A pressão é aplicada nas áreas reflexas com os dedos das mãos e usando técnicas específicas. Isso provoca mudanças fisiológicas no corpo na medida em que o próprio potencial de equilíbrio do organismo é estimulado. Dessa maneira, os pés podem desempenhar um papel importante para se conquistar e manter uma saúde melhor. A meta  é o retorno da harmonia. O passo mais importante para isso é reduzir a tensão e induzir o relaxamento.
O relaxamento é o primeiro passo da normalização. Quando o corpo está relaxado, o tratamento é possível. A massagem profissional dos pés vai mostrar quais partes do corpo estão fora de equilíbrio e, portanto não estão funcionando eficientemente. Pode-se então ministrar o tratamento apropriado para corrigir esses desequilíbrios e fazer o corpo retornar a um estado ótimo de saúde.
A massagem reflexa dos pés é útil no tratamento de doenças e eficaz para manter a saúde e prevenir o aparecimento de doenças. Problemas de saúde podem ser detectados precocemente e o tratamento ministrado para prevenir o desenvolvimento de sintomas mais sérios.
 
Pode ser considerada o equivalente a uma regulagem, um ajuste do corpo. O reflexologista não cura - somente o corpo é capaz de fazê-lo. Mas ajuda a equilibrar todos os sistemas corporais, estimulando uma área pouco ativa e acalmando uma superativa, (simpático e parassimpático). Ela é inofensiva para as áreas que estão funcionando adequadamente. Como todos os sistemas do corpo intimamente relacionados, qualquer coisa que afete uma parte vai acabar afetando o todo. Numerosos terapeutas, após diversos anos de estudo e prática, concluíram a atuação em diversos níveis: fisiológico, psicológico e espiritual.
Objetivos
 
A REFLEXOLOGIA tem como objetivo corrigir os três fatores negativos implicados no processo das doenças: congestão, inflamação e tensão (Norman, 1991). Quando se fala em tensão, devemos lembrar que não se apresenta independente das emoções e sentimentos, ou seja, uma tensão também diz de uma parte psicológica a ser cuidada. É de grande auxílio nas psicoterapias trazendo material importante ao psicoterapeuta principalmente os de abordagem corporal e transpessoal.
Temos que lembrar que nossos pés suportam nosso peso durante todo o dia, portanto estão submetidos a uma pressão muito grande e sobretudo com sapatos não adequados, fazendo com que haja um desequilíbrio no nosso eixo de sustentação. Mexendo com todos os nossos músculos e articulações, mudando a nossa postura. Assim, podemos compreender o quanto a Reflexologia pode ser útil aos tratamentos.
Normalmente as pessoas sentem muitas dores nos pés e sofrem numa constante tentativa de adaptação refletindo esta tensão aos músculos, principalmente nos joelhos e ombros aumentando assim a fadiga e irritabilidade. Abusamos de nossos pés, visto quanto bem nos faz, ficar com os pés livres, após um dia de trabalho. Reflexos sensíveis à dor indicam quais partes do corpo estão congestionadas. Essa avaliação diz respeito apenas a partes do corpo "fora de equilíbrio", e não a distúrbios específicos. É importante ter consciência disso.
Os reflexologistas não praticam medicina. Esse é o domínio dos médicos licenciados. Os reflexologistas nunca diagnosticam uma doença, nunca tratam uma doença específica nem prescrevem ou ajustam a dosagem de medicamentos.
 
Ajuda a eliminar problemas causados por doenças específicas. Ao trazer o corpo de volta a um estado de harmonia, o tratamento reflexológico pode combater diversas doenças, relaxa tensões, melhora a circulação sangüínea, oxigenação e o sistema nervoso, ajudando a equilibrar o organismo naturalmente.
 
PRINCÍPIOS EM QUE SE BASEIA A REFLEXOLOGIA
Em cada célula existem agentes de manutenção da vida. Um destes agentes responsáveis pela absorção da energia nutridora (ATP) é a mitocôndria a parte responsável da célula pela absorção desta energia. Podemos comparar a mitocôndria como a "industria" da célula. Se a célula precisar de mais energia para efetuar melhor suas tarefas, a mitocôndria se divide e praticamente dobra a quantidade de absorção de energia. Se por algum impedimento a absorção de energia ou nutrientes fica debilitada esta célula começa a ficar doente. Para que este mecanismo funcione adequadamente, dependemos do pleno funcionamento de outros sistemas;
 
1. Primeiro fator a ser considerado é se está havendo uma boa alimentação e conseqüentemente uma boa digestão.
 
2. Segundo fator, se está havendo uma boa respiração não só em caráter de funcionamento pulmonar bem como os agentes inspirados e expirados diariamente. São estes dois fatores responsáveis pela matéria prima do ATP.
 
3. Terceiro fator é se está havendo uma boa distribuição desta energia e da troca de gases. Isto é feito através de um bom funcionamento do sistema circulatório.
 
4. O quarto fator é uma boa comunicação do estado geral da célula com o centro de controle do corpo. Isto é feito através de transmissão neuronal ou nervosa que iniciou junto à célula através das terminações nervosas.
 
5. Um quinto fator a ser considerado é, se está havendo um bom sistema de manutenção da célula, que envolve a retirada dos resíduos depositados nos interstícios celulares, papel este desempenhado pelo sistema linfático.
 
Considerando que um conjunto de células forma um tecido; células doentes formarão um tecido doente. [Tecidos] doentes formarão um órgão doente. Um conjunto de órgãos doentes formará um aparelho ou sistema doente e assim teremos um indivíduo doente. Resumindo; o que nos informou a situação original da doença ou patologia foi a princípio a célula. Nos interstícios celulares (espaços entre uma célula e outra), são encontrados vários reagentes responsáveis pela manutenção da vida; nutrientes para serem absorvidos ou impurezas que deverão ser eliminadas. Ao redor de cada célula encontramos uma área denominada mazênquima. Nesta área ocorrem então as trocas de substâncias para a célula bem como oxigênio e nutrição através de veias e artérias. O responsável pela limpeza da área é o sistema linfático que, com seus capilares, inicia seu trabalho nesta região, absorvendo impurezas e proteínas que, por terem uma dimensão maior, só poderia entrar no sistema linfático. Porém o que nos informa sobre todo este funcionamento, se precisa ser reparado algo, ou se há nutrição suficiente é a terminação nervosa? Esta terminação se comunica através de feixes nervosos levando a informação até o cérebro, onde começa uma série de reações, que posteriormente serão enviadas tanto às áreas afetadas, bem como a outras partes do corpo as quais manifestarão os sintomas conhecidos por nós. Esta comunicação via neurônios (células do sistema nervoso responsáveis pela função de resposta ao estímulo recebido) permite, por exemplo, que ao encostamos o braço em algo muito quente, imediatamente o tiramos do local, bem como, outros impulsos sensitivos como dores, mal estar, etc., que tem por finalidade informar-nos como está o nosso corpo.

A técnica que busca nos pés, áreas doloridas que, /

]}refletem o corpo humano por inteiro. Através de estímulos nestas áreas, obtêm-se resultados que vão desde o alívio de pequenos desconfortos e dores até a eliminação de certos distúrbios em varias partes do corpo.
Teorias que procuram explicar :
 
PRODUÇÃO DE CRISTAIS
Devido à grande quantidade de sangue que passa pelos pés, podem ocorrer obstruções entre os 26 ossos dos pés, que coincidiriam com as Zonas reflexas do Corpo. O próprio peso, o sedentarismo e o não andar descalço podem contribuir para isso por permitir o aparecimento de cristais, os quais impediriam o livre fluxo da circulação provocando as doenças. Com a eliminação destes cristais o indivíduo ficará saudável.
 
MEDICINA TRADICIONAL CHINESA 
A MTC afirma: “Quando ocorrer uma estagnação no KI (Energia Vital) o organismo manifestará este distúrbio como doença ou dor. Através de movimentos de sedação ou tonificação em pontos e zonas dos pés, poderá ser liberada e equilibrada a circulação desta energia”.
 
TEORIA DAS TERMINAÇÕES NERVOSAS
Os pés são riquíssimos em terminações nervosas, alocadas de tal forma que correspondem em sua topografia local a uma representação fiel de cada parte que compõem o corpo por inteiro. Da área motora do SNC, impulsos são codificados e enviados em forma de descarga elétrica para que o organismo desempenhe suas funções normais.
Quando da debilidade ou dificuldade funcional de um tecido ou órgão, a resposta ao estímulo dado provoca pequenos “curto-circuitos” que são captados e registrados em várias terminações nervosas concentradas em áreas ou zonas reflexas, deixando-as mais ou menos sensíveis (dependendo da gravidade e tempo decorrente da debilidade ou dificuldade funcional existente). Ao localizar essa área e tocar nestas terminações teremos vários tipos de sensações doloridas. Estas sensações variam desde uma alfinetada até uma sensação de osso esmagado.
 
A técnica, possibilita não só a avaliação da intensidade e natureza do problema manifesto, bem como, através de ação apropriada, provocar um estímulo na região da debilidade ou dificuldade funcional existente. Assim, cada célula na região debilitada, mesmo distante, poderá reagir a estes estímulos e passará a trabalhar melhor para a própria manutenção.
Como resposta, haverá um aumento no poder de absorção de nutrientes, um favorecimento a limpeza intersticial e desobstrução dos impedimentos responsáveis pela enfermidade. Os estímulos dados nas terminações nervosas dos pés chegam ao cérebro por meio de canais aferentes, e são codificados e enviados aos órgãos, tecidos e células pelos canais eferentes, até as terminações nervosas celulares.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

O AMOR - (Krishnamurti)




O Amor
(Krishnamurti)


A necessidade de segurança nas relações gera inevitavelmente o sofrimento e o medo. Essa busca de segurança, atrai a insegurança. Já encontrastes alguma vez segurança em alguma de vossas relações? Já? A maioria de nós quer a segurança de amar e ser amado, mas existirá amor quando cada um está a buscar a própria segurança, seu caminho próprio? Nós não somos amados porque não sabemos amar.
Que é o amor? Esta palavra está tão carregada e corrompida, que quase não tenho vontade de empregá-la. Todo o mundo fala de amor - toda a revista e jornal e todo missionário discorre interminavelmente sobre o amor. Amo a minha pátria, amo o prazer, amo a minha esposa, amo a Deus. O amor é uma idéia? Se é, pode então ser cultivado, nutrido, conservado com carinho, moldado, torcido de todas as maneiras possíveis. Quando dizeis que amais a Deus, que significa isso ? Significa que amais uma projeção de vossa própria imaginação, uma projeção de vós mesmo, revestida de certas formas de respeitabilidade, conforme o que pensais ser nobre e sagrado; o dizer "Amo a Deus" é puro contra-senso. Quando adorais a Deus, estais adorando a vós mesmo; e isso não é amor.
Incapazes, que somos, de compreender essa coisa humana chamada amor, fugimos para as abstrações. O amor pode ser a solução final de todas as dificuldades, problemas e aflições humanas. Assim, como iremos descobrir o que é o amor? Pela simples definição? A igreja o tem definido de uma maneira, a sociedade de outra, e há também desvios e perversões de toda a espécie. A adoração de uma certa pessoa, o amor carnal, a troca de emoções, o companheirismo - será isso o que se entende por amor? Essa foi sempre a norma, o padrão, que se tornou tão pessoal, sensual, limitado, que as religiões declararam que o amor é muito mais do que isso. Naquilo que denominam "amor humano", vêem elas que existe prazer, competição, ciúme, desejo de possuir, de conservar, de controlar, de influir no pensar de outrem e, sabendo da complexidade dessas coisas, dizem as religiões que deve haver outra espécie de amor - divino, belo, imaculado, incorruptível.
Em todo o mundo, certos homens chamados "santos" sempre sustentaram que olhar para uma mulher é pecaminoso; dizem que não podemos nos aproximar-nos de Deus se nos entregamos ao sexo e, por conseguinte, o negam, embora eles próprios se vejam devorados por ele. Mas, negando o sexo, esses homens arrancam os próprios olhos, decepam a própria língua, uma vez que estão negando toda a beleza da Terra. Deixaram famintos os seus corações e a sua mente; são entes humanos "desidratados"; baniram a beleza, porque a beleza está ligada à mulher.
Pode o amor ser dividido em sagrado e profano, humano e divino, ou só há amor? O amor é para um só e não para muitos? Se digo "Amo-te", isso exclui o amor do outro? O amor é pessoal ou impessoal? Moral ou imoral? Familial ou não familial? Se amais a humanidade, podeis amar o indivíduo? O amor é sentimento? Emoção ? O Amor é prazer e desejo ? Todas essas perguntas indicam - não é verdade? - que temos idéias a respeito do amor, idéias sobre o que ele deve ou não deve ser, um padrão, um código criado pela cultura em que vivemos.
Assim, para examinarmos a questão do amor - o que é o amor - devemos primeiramente libertar-nos das incrustações dos séculos, lançar fora todos os ideais e ideologias sobre o que ele deve ou não deve ser. Dividir qualquer coisa em o que deveria ser e o que é, é a maneira mais ilusória de enfrentar a vida.
Ora, como iremos saber o que é essa chama que denominamos amor - não a maneira de expressá-lo a outrem, porém o que ele próprio significa? Em primeiro lugar rejeitarei tudo o que a igreja, a sociedade, meus pais e amigos, todas as pessoas e todos os livros disseram a seu respeito, porque desejo descobrir por mim mesmo o que ele é. Eis um problema imenso, que interessa a toda humanidade; há milhares de maneiras de defini-lo e eu próprio me vejo todo enredado neste ou naquele padrão, conforme a coisa que, no momento, me dá gosto ou prazer. Por conseguinte, para compreender o amor, não devo em primeiro lugar libertar-me de minhas inclinações e preconceitos? Vejo-me confuso, dilacerado pelos meus próprios desejos e, assim, digo entre mim: "Primeiro, dissipa a tua confusão. Talvez tenhas possibilidade de descobrir o que é amor através do que ele não é".
O governo ordena: "Vai e mata, por amor à pátria!" Isso é amor? A religião preceitua: "Abandona o sexo, pelo amor de Deus". Isso é amor? O amor é desejo? Não digas que não. Para a maioria de nós, é; desejo acompanhado de prazer, prazer derivado dos sentidos, pelo apego e o preenchimento sexual. Não sou contrário ao sexo, mas vede o que ele implica. O que o sexo vos dá momentaneamente é o total abandono de vós mesmos, mas, depois, voltais à vossa agitação; por conseguinte, desejais a constante repetição desse estado livre de preocupação, de problema, do "eu". Dizeis que amais vossa esposa. Nesse amor está implicado o prazer sexual, o prazer de terdes uma pessoa em casa para cuidar dos filhos e cozinhar. Dependeis dela; ela vos deu o seu corpo, suas emoções, seus incentivos, um certo sentimento de segurança e bem-estar. Um dia, ela vos abandona; aborrece-se ou foge com outro homem, e eis destruído todo o vosso equilíbrio emocional; essa perturbação, de que não gostais, chama-se ciúme. Nele existe sofrimento, ansiedade, ódio e violência. Por conseguinte, o que realmente estais dizendo é: "Enquanto me pertences, eu te amo; mas, tão logo deixes de pertencer-me, começo a odiar-te. Enquanto posso contar contigo para a satisfação de minhas necessidades sociais e outras, amo-te, mas, tão logo deixes de atender a minhas necessidades, não gosto mais de ti". Há, pois, antagonismo entre ambos, há separação, e quando vos sentis separados um do outro, não há amor. Mas, se puderdes viver com vossa esposa sem que o pensamento crie todos esses estados contraditórios, essas intermináveis contendas dentro de vós mesmo, talvez então - talvez - sabereis o que é o amor. Sereis então completamente livre, e ela também; ao passo que, se dela dependeis para os vossos prazeres, sois seu escravo. Portanto, quando uma pessoa ama, deve haver liberdade - a pessoa deve estar livre, não só da outra, mas também de si própria.
No estado de pertencer a outro, de ser psicologicamente nutrido por outro, de outro depender - em tudo isso existe sempre, necessariamente, a ansiedade, o medo, o ciúme, a culpa, e enquanto existe medo, não existe amor. A mente que se acha nas garras do sofrimento jamais conhecerá o amor; o sentimentalismo e a emotividade nada, absolutamente nada, têm que ver com o amor. Por conseguinte, o amor nada tem em comum com o prazer e o desejo.
O amor não é produto de pensamento, que é o passado. O pensamento não pode de modo nenhum cultivar o amor. O amor não se deixa cercar e enredar pelo ciúme; porque o ciúme vem do passado. O amor é sempre o presente ativo. Não é "amarei" ou "amei". Se conheceis o amor, não seguireis ninguém. O amor não obedece. Quando se ama, não há respeito nem desrespeito.
Não sabeis o que significa amar realmente alguém - amar sem ódio, sem ciúme, sem raiva, sem procurar interferir no que o outro faz ou pensa, sem condenar, sem comparar - não sabeis o que isto significa? Quando há amor, há comparação? Quando amais alguém de todo o coração, com toda a vossa mente, todo o vosso corpo, todo o vosso ser, existe comparação? Quando vos abandonais completamente a esse amor, não existe "o outro".
O amor tem responsabilidades e deveres, e emprega tais palavras? Quando fazeis alguma coisa por dever, há nisso amor? No dever não há amor. A estrutura do dever, na qual o ente humano se vê aprisionado, o está destruindo. Enquanto sois obrigado a fazer uma coisa, porque é vosso dever fazê-la, não amais a coisa que estais fazendo. Quando há amor, não há dever nem responsabilidade.
A maioria dos pais, infelizmente, pensa que são responsáveis por seus filhos, e seu senso de responsabilidade toma a forma de preceituar-lhes o que devem fazer e o que não devem fazer, o que devem ser e o que não devem ser. Querem que os filhos conquistem uma posição segura na sociedade. Aquilo a que chamam de responsabilidade faz parte daquela respeitabilidade que eles cultivam; e a mim me parece que, onde há respeitabilidade, não existe ordem; só lhes interessa o tornar-se um perfeito burguês. Preparando os filhos para se adaptarem à sociedade, estão perpetuando a guerra, o conflito e a brutalidade. Pode-se chamar a isso zelo e amor?
Zelar, com efeito, é cuidar como se cuida de uma árvore ou de uma planta, regando-a, estudando as suas necessidades, escolhendo o solo mais adequado, tratá-la com carinho e ternura; mas, quando preparais os vossos filhos para se adaptarem à sociedade, os estais preparando para serem mortos. Se amásseis vossos filhos, não haveria guerras.
Quando perdeis alguém que amais, verteis lágrimas; essas lágrimas são por vós mesmo ou pelo morto? Estais pranteando a vós mesmo ou ao outro? Já chorastes por outrem? Já chorastes o vosso filho, morto no campo de batalha? Chorastes, decerto, mas essas lágrimas foram produto de autocompaixão ou chorastes porque um ente humano foi morto? Se chorais por autocompaixão, vossas lágrimas nada significam, porque estais interessado em vós mesmo. Se chorais porque vos foi arrebatada uma pessoa em quem "depositastes" muita afeição, não se trata de afeição real. Se chorais a morte de vosso irmão, chorai por ele! É muito fácil chorardes por vós mesmo porque ele partiu. Aparentemente, chorais porque vosso coração foi atingido, mas não foi atingido por causa dele; foi atingido pela autocompaixão, e a autocompaixão vos endurece, vos fecha, vos torna embotado e estúpido.
Quando chorais por vós mesmo, será isso amor? - chorar porque ficaste sozinho, porque perdestes o vosso poder; queixar-vos de vossa triste sina, de vosso ambiente - sempre vós a verter lágrimas. Se compreenderdes esse fato, e isso significa pôr-vos em contato com ele tão diretamente como quando tocais uma árvore ou uma coluna ou uma mão, vereis então que o sofrimento é produto do "eu", o sofrimento é criado pelo pensamento, o sofrimento é produto do tempo. Há três anos eu tinha meu irmão; hoje ele é morto e estou sozinho, desolado, não tenho mais a quem recorrer para ter conforto ou companhia, e isso me traz lágrimas aos olhos.
Podeis ver tudo isso acontecer dentro de vós mesmo, se o observardes. Podeis vê-lo de maneira plena, completa, num relance, sem precisardes do tempo analítico. Podeis ver num momento toda a estrutura e natureza dessa coisa desvaliosa e insignificante, chamada "eu" - minhas lágrimas, minha família, minha nação, minha crença, minha religião - toda essa fealdade está em vós. Quando a virdes com vosso coração, e não com vossa mente, quando a virdes do fundo de vosso coração, tereis então a chave que acabará com o sofrimento.
O sofrimento e o amor não podem coexistir, mas no mundo cristão idealizaram o sofrimento, crucificaram-no para o adorar, dando a entender que ninguém pode escapar ao sofrimento a não ser por aquela única porta; tal é a estrutura de uma sociedade religiosa, exploradora.
Assim, ao perguntardes o que é o amor, podeis ter muito medo de ver a resposta. Ela pode significar uma completa reviravolta; poderá dissolver a família; podeis descobrir que não amais vossa esposa ou marido ou filhos (vós os amais?); podeis ter de demolir a casa que construístes; podeis nunca mais voltar ao templo.
Mas, se desejais continuar a descobrir, vereis que o medo não é amor, a dependência não é amor, o ciúme não é amor, a posse e o domínio não são amor, responsabilidade e dever não são amor, autocompaixão não é amor, a agonia de não ser amado não é amor, que o amor não é o oposto do ódio, como a humildade não é o oposto da vaidade. Dessarte, se fordes capaz de eliminar tudo isso, não à força, porém lavando-o assim como a chuva fina lava a poeira de muitos dias depositada numa folha, então, talvez, encontrareis aquela flor peregrina que o homem sempre buscou sequiosamente.
Se não tendes amor - não em pequenas gotas, mas em abundância; se não estais transbordando de amor, o mundo irá ao desastre. Intelectualmente, sabeis que a unidade humana é a coisa essencial e que o amor constitui o único caminho para ela, mas quem pode ensinar-vos a amar? Poderá uma autoridade, um método, um sistema ensinar-vos a amar? Se alguém vo-lo ensina, isso não é amor. Podeis dizer: "Eu me exercitarei para o amor. Sentar-me-ei todos os dias para refletir sobre ele. Exercitar-me-ei para ser bondoso, delicado e me forçarei a ser atencioso com os outros"? - Achais que podeis disciplinar-vos para amar, que podeis exercer a vontade para amar? Quando exerceis a vontade e a disciplina para amar, o amor vos foge pela janela. Pela prática de um certo método ou sistema de amar, podeis tornar-vos muito hábil, ou mais bondoso, ou entrar num estado de não-violência, mas nada disso tem algo em comum com o amor.
Neste mundo tão dividido e árido não há amor, porque o prazer e o desejo têm a máxima importância, e, todavia, sem amor, vossa vida diária é sem significação. Também, não podeis ter o amor se não tendes a beleza. A beleza não é uma certa coisa que vedes - não é uma bela árvore, um belo quadro, um belo edifício ou uma bela mulher; só há beleza quando o vosso coração e a vossa mente sabem o que é o amor. Sem o amor e aquele percebimento da beleza, não há virtude, e sabeis muito bem que tudo o que fizerdes - melhorar a sociedade, alimentar os pobres - só criará mais malefício, porque quando não há amor, só há fealdade e pobreza em vosso coração e vossa mente. Mas, quando há amor e beleza, sabeis amar, podeis fazer o que desejardes, porque o amor resolverá todos os outros problemas.
Alcançamos, assim, este ponto: Poderá a mente encontrar o amor sem precisar de disciplina, de pensamento, de coerção, de nenhum livro, instrutor ou guia - encontrá-lo assim como se encontra um belo pôr-de-sol?
Uma coisa me parece absolutamente necessária; a paixão sem motivo, a paixão não resultante de compromisso ou ajustamento, a paixão que não é lascívia. O homem que não sabe o que é paixão, jamais conhecerá o amor, porque o amor só pode existir quando a pessoa se desprende totalmente de si própria.
A mente que busca não é uma mente apaixonada, e não buscar o amor é a única maneira de encontrá-lo; encontrá-lo inesperadamente e não como resultado de qualquer esforço ou experiência. Esse amor, como vereis, não é do tempo; ele é tanto pessoal, como impessoal, tanto um só como multidão. Como uma flor perfumosa, podeis aspirar-lhe o perfume, ou passar por ele sem o notardes. Aquela flor é para todos e para aquele que se curva para aspirá-la profundamente e olhá-la com deleite. Quer estejamos muito perto, no jardim, quer muito longe, isso é indiferente à flor, porque ela está cheia de seu perfume e pronta para reparti-lo com todos.
O amor é uma coisa nova, fresca, viva. Não tem ontem nem amanhã. Está além da confusão do pensamento. Só a mente inocente sabe o que é o amor, e a mente inocente pode viver no mundo não inocente. Só é possível encontrá-la, essa coisa maravilhosa que o homem sempre buscou sequiosamente por meio de sacrifícios, de adoração, das relações, do sexo, de toda espécie de prazer e de dor, só é possível encontrá-la quando o pensamento, alcançando a compreensão de si próprio, termina naturalmente. O amor não conhece o oposto, não conhece conflito.
Podeis perguntar: "Se encontro esse amor, que será de minha mulher, de minha família? Eles precisam de segurança". Fazendo essa pergunta, mostrais que nunca estivestes fora do campo do pensamento, fora do campo da consciência. Quando tiverdes alguma vez estado fora desse campo, nunca fareis uma tal pergunta, porque sabereis o que é o amor em que não há pensamento e, por conseguinte, não há tempo. Podeis ler tudo isto hipnotizado e encantado, mas ultrapassar realmente o pensamento e o tempo - o que significa transcender o sofrimento - é estar cônscio de uma dimensão diferente, chamada "amor".
Mas, não sabeis como chegar-vos a essa fonte maravilhosa - e, assim, que fazeis? Quando não sabeis o que fazer, nada fazeis, não é verdade? Nada, absolutamente. Então, interiormente, estais completamente em silêncio. Compreendeis o que isso significa? Significa que não estais buscando, nem desejando, nem perseguindo; não existe nenhum centro. Há, então, o amor.